Jurássico! É como eu definiria minha primeira impressão quando
visitei o Parque Nacional La Campaña, no Chile. Criado em 1967, o parque possui uma área de 8.000 hectares,
divida em três setores: Hail (978 ha), Cajón Grande (1588 há),
ambos localizados no município de Olmue
e, Palmas
de Ocoa (5440 há), localizado no município de Hijuelas. O Parque dista a 160 km de distancia de Santiago, capital
do Chile, e se estende ao sul do Vale do Aconcágua (entre as latitudes 32 °
55 - 33 ° 01 de latitude sul e 71 ° 09 - 71 ° 01 de longitude oeste). Sua
altitude varia de 400-2222 m.s.n.m. Considerado Reserva da Biosfera pela UNESCO, La Campaña foi explorado pelo
naturista Charles Darwin em 1834, durante
a segunda viagem do HMS Beagle, sendo considerada uma região rica em espécies
endêmicas como o Litre, o Peumo, a Patágua e o Lingue, além de ser o refúgio de
uma das últimas florestas de palmeiras de Jubae Chilensis. Palmeira esta, que
na pré-história, tinha uma distribuição muito mais ampla do que a atual. Em
1968 o visionário chileno Don Raul Ovalle Ugarte e sua família chegaram na
região de Palmas de Ocoa, e adquiriram a maior parte das terras do Parque,
vindo mais tarde, a doá-las ao governo com a condição de que aquelas terras
fossem preservadas como patrimônio natural para futuras gerações. Em 2013,
durante uma expedição pela América do Sul, acampamos por uma noite no Parque La
Campaña, fomos guiados pelo nosso querido amigo chileno Gabriel, que residia no
município de Hijuelas e desde sua infância visitava o Parque.
“Visitar o Parque La Campaña, é
visitar o passado, um passado muito remoto que remonta a era pré-histórica, sua
fauna, sua flora nos faz viajar em uma máquina do tempo por algumas horas, o
que nos faz imaginar como teria sido a pré-história no resto do mundo!”
Ricardo Inez Filho
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